Você já deve ter ouvido falar da indústria 4.0, certo? Mas você sabe, de fato, o que significa esse termo? Ou melhor, como esse conceito impacta a conectividade e a produtividade da indústria?
Se a resposta foi “não” para a maioria, não se preocupe. Desenvolvemos este conteúdo com as principais informações sobre a indústria 4.0.
Então, continue a leitura para sanar as suas dúvidas sobre o assunto. Vamos lá?
O que é indústria 4.0?
A indústria 4.0 é o conceito referente a 4ª Revolução Industrial. O termo, segundo o Sebrae, foi empregado pela primeira vez em 2011, na Alemanha, em uma feira.
Desde então, o conceito representa a chegada da automação industrial. Também simboliza a integração de diferentes tecnologias visando a digitalização de processos e o aumento da produtividade.
Vale relembrar que a Primeira Revolução Industrial (1780) refere-se à substituição de teares manuais pelos mecanizados. Já a Segunda Revolução (1870) diz respeito ao desenvolvimento de motores elétricos e ao uso de combustíveis derivados de petróleo.
E em 1970, a Terceira Revolução Industrial abordava o avanço da tecnologia com a chegada dos computadores e a robótica. Por fim, a Quarta Revolução relaciona a combinação das tecnologias digitais aos maquinários industriais.
Conforme um artigo, os princípios da Indústria 4.0 são:
- Capacidade de operação em tempo real: não é necessário estar fisicamente na fábrica para poder tomar decisões. Com a coleta de informações em tempo real, é possível compreender, através do sistema, tudo que acontece na fábrica;
- Virtualização: refere-se à criação de uma cópia virtual das fábricas. Logo, devido aos sensores distribuídos na planta, o controle e o rastreamento dos processos podem ser feitos remotamente;
- Descentralização: as máquinas têm mais autonomia para a realização de ajustes, sem a intervenção humana. Como, por exemplo, acelerar a produção, reduzi-la, ou até mesmo, encerrar seu funcionamento;
- Orientação a serviços: são desenvolvidos softwares customizados e direcionados aos serviços da indústria 4.0. Garantindo, assim, soluções mais integradas, flexíveis e com melhor usabilidade;
- Modularidade: permite diferentes arranjos físicos da linha de produção, gerando uma manufatura mais dinâmica e rápida, capaz de alcançar a demanda do consumidor com menor tempo e custo;
- Interoperabilidade: capacidade de troca de informações entre os sistemas por meio da internet e Internet das Coisas.
E quais são as principais tecnologias da indústria 4.0?
Por ser um conceito que aborda a importância da automação industrial para o desenvolvimento do setor e o aumento da produtividade, um dos pilares da Indústria 4.0 é a tecnologia.
Aqui, as principais tecnologias atuam na conexão entre as operações industriais. Isso gera um compartilhamento de informações facilitado entre as mais diversas etapas.
O que não só permite tomada de decisões mais inteligentes, como também colabora com a eliminação de gargalos, retrabalhos e baixa produtividade.
Segundo o Portal da Indústria, as tecnologias da Indústria 4.0 são:
1. Inteligência artificial
A inteligência artificial é a tecnologia capaz de realizar tarefas que normalmente eram feitas pela inteligência humana.
Isto é, esse sistema computacional, por meio da capacidade de aprendizado, raciocínio e resolução de problemas, analisa grandes quantidades de dados, reconhece padrões e toma decisões.
2. Computação em nuvem
Em contrapartida, a computação em nuvem permite o acesso remoto a recursos, como armazenamento, processamento de dados e suas aplicações.
Ou seja, usa a tecnologia de maneira compartilhada e sob demanda para promover agilidade e redução de custos.
Além disso, ela oferece flexibilidade, escalabilidade e eficiência ao permitir que empresas e usuários acessem recursos computacionais sem a necessidade de investir em infraestrutura física.
3. Big Data
Já o Big Data é a tecnologia da Indústria 4.0 que se refere aos dados complexos que são difíceis de serem analisados pelos métodos tradicionais.
Esse conjunto de informações é caracterizado por seu volume, velocidade e variedade. O estudo deles é usado, principalmente, para a obtenção de insights valiosos e previsões.
O Big Data pode ser coletado de uma variedade de fontes. Além disso, é processado por meio de técnicas avançadas, como inteligência artificial e aprendizado de máquina.
4. Cibersegurança
Enquanto isso, a cibersegurança diz respeito à proteção de sistemas de computadores, redes, dispositivos móveis e dados, contra ataques, roubo e danos.
Aqui, um conjunto de infraestruturas de hardware e software trabalha para defender os ativos de ameaças.
Essa tecnologia envolve a implementação de medidas de segurança para:
- Prevenir acessos não autorizados;
- Garantir a integridade dos dados;
- Proteger a privacidade dos usuários.
5. Internet das coisas
A Internet das Coisas (IoT) é a tecnologia que permite a interconexão de dispositivos inteligentes e, no caso da indústria, maquinários e sistemas.
Com ela, ocorre a troca e processamento de dados para automatizar processos e melhorar a eficiência e a produtividade. Aqui, toda a infraestrutura industrial é capaz de se comunicar, podendo ser remotamente controlada e monitorada.
6. Robótica avançada
A robótica avançada desenvolve dispositivos altamente sofisticados e inteligentes, capazes de tomar decisões autônomas e executar tarefas complexas.
Esses robôs, geralmente, são equipados com tecnologias avançadas, como:
- Inteligência Artificial;
- Visão computacional;
- Sensores de alta precisão;
- Capacidade de aprendizado de máquina.
7. Manufatura digital
A manufatura digital é o processo de utilizar tecnologias para transformar a maneira como os produtos são projetados, fabricados e entregues.
Ou seja, promove uma produção mais eficiente, flexível e customizada, reduzindo custos e prazos de entrega.
Além disso, a manufatura digital também possibilita a integração de diferentes etapas do processo produtivo. O que facilita a colaboração entre equipes e otimiza a cadeia de suprimentos.
8. Manufatura aditiva
Por outro lado, a manufatura aditiva está relacionada ao desenvolvimento de peças a partir de um desenho digital. Esse que, por sua vez, é feito em um software de modelagem 3D, por exemplo.
Essa tecnologia permite a criação de peças complexas e personalizadas de forma mais rápida e eficiente.
9. Integração de sistemas
Integrar sistemas significa uni-los, de maneira física ou não, com o intuito de facilitar a troca de informações. Desde recursos computacionais até softwares e máquinas, essa conexão garante uma visão macro de toda a indústria.
Isso ajuda na tomada de decisões estratégicas na gestão e no desenvolvimento de diferenciais competitivos.
10. Sistemas de simulação
Esses sistemas permitem o desenvolvimento de modelos digitais de processos no mundo real.
Com eles, é possível prever cenários futuros, antecipar problemas e, assim, garantir a qualidade de toda a produção.
11. Digitalização
Por fim, a digitalização está atrelada às transformações causadas por tecnologias digitais.
Isto é, refere-se à aplicação dessas ferramentas em processos de produção com o intuito de otimizar etapas, garantir dados inteligentes e promover a qualidade do resultado final.
Quais são os benefícios da indústria 4.0?
Ao longo do texto já foram citados alguns dos principais benefícios da indústria 4.0. Como, por exemplo:
- Eficiência operacional;
- Personalização em massa;
- Manufatura inteligente;
- Tomada de decisão baseada em dados;
- Redução de custos;
- Qualidade do resultado final, e outros.
Inclusive, ainda segundo o Portal da Indústria, a aplicação das tecnologias digitais na indústria contribui para um aumento de 22%, em média, na capacidade produtiva de micro, pequenas e médias empresas dos segmentos de alimentos e bebidas.
Aqui, podemos destacar, principalmente, a conectividade dos equipamentos. É justamente essa prática que colabora com o alcance das demais vantagens. Afinal, ao integrar sistemas, será possível otimizar máquinas, dados, processos e pessoas.
Ou seja, todos os recursos trabalham em harmonia, horizontal e verticalmente. Aumentando, assim, a agilidade, a produtividade e a qualidade operacional.
Com facilidade na coleta e acesso dos dados, a geração de insights é amplamente aprimorada. Logo, os gestores poderão desenvolver ações estratégicas com base em adaptação e melhorias.
Em outras palavras, a conectividade, através da automatização, agrega valor à toda a cadeia produtiva e até mesmo, à imagem mercadológica da indústria.
Por isso que, segundo a Agência do Portal da Indústria, o mercado brasileiro de Indústria 4.0 atingiu US$1,77 bilhão em 2022. Esse número representa uma taxa de crescimento anual composta de 18,8% entre 2017 e 2022.
Nesse mesmo período, os maiores setores que apostaram na automação 4.0 foram:
- Petróleo e gás (18,4%);
- Alimentos e bebidas (15,2%);
- Energia e serviços públicos (14,2%).
Não por acaso, a expectativa é de que este mercado chegue a US$5,62 bilhões no Brasil até 2028!
Sendo assim, apostar nesse conceito significa sair na frente da concorrência. Nesse mercado fértil, a prática eleva a performance de toda indústria ao impulsionar a competitividade e a inovação.
Continue se aprofundando no assunto!
A indústria 4.0 é só o começo de um grande debate quanto ao investimento em equipamentos capazes de automatizar a indústria visando a produtividade. Ela é apenas o conceito que reforça a importância dessa prática.
Mas, no final, é preciso ir além para compreender a verdadeira urgência em apostar em soluções 4.0.
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